quinta-feira, 1 de agosto de 2013

KAREN BLIXEN

Tenho por Karen Blixen a maior admiração tanto por seus escritos como por sua vida, sua coragem e seu envolvimento com a África.
Esses olhos sonhadores se transformaram nesses olhos assustados e espertos, um tanto quanto inquietos, esse cabelo desgrenhado, que não dá para saber se é cabelo ou é uma touca, esse sorriso maroto , puxado para o canto esquerdo do rosto, se acentuou e formou um monte de rugas alegres que devem  ser resultado da felicidade que ela viveu em toda sua existência. 

Junto, lógico com a tristeza e também os maus momentos que todos passamos no decorrer da vida. Me interessei mais pela sua figura quando vi essa foto:

Marilyn Monroe com Arthur Miller que na época era seu esposo, de touca Karen Blixen, já anoréxica, e do lado dela Carson McCullers, escritora americana que era amiga do casal, Karen querendo conhecer Marilyn pediu para Carson oferecer um almoço para eles, isso era 1962, alguns meses depois as 2 morriam, Marilyn de barbíturios e Karen anoréxica.
Todos sabemos que o casamento dela foi arranjado como muitos nessa época na Europa, as famílias nobres vendo a nobreza se acabar tentavam casar suas filhas com primos, para juntar as heranças e não irem totalmente à bancarrota. Foi o caso de Karen, de Carson, de Anne Marie Schwazenbach, e muitas outras que não tenho conhecimento,  todas elas depois se conheceram e se apaixonaram uma pela outra. Na minha pesquisa sobre Karen, descobri que elas trocavam figurinha não só na vida real mas também nos livros, nas estórias. Ficou mais interessante ainda.
  Foto do mesmo dia, vemos Karen entre Carson e Marilyn. 
O Blog que eu tirei essa história dizia que Karen ficou viciada em bolinhas, remédios para tirar a fome, ela juntava os amigos em casa, bebiam , filosofavam e tomavam bolinha, quando os amigos  iam embora na madrugada ela ficava falando sozinha, tecendo as tramas da sua vida para por no papel.
 Não é difícil imaginar Blixen a escrever freneticamente. Esquece o almoço, o lanche, o jantar. Diversos livros conhecem a luz do dia: “Contos de Inverno” (1942); “Anedotas do Destino” (1960); “A festa de Babette” (publicado em inglês em 1950). 
 E o final. Debilitada por uma úlcera, Blixen morre aos 77 anos. Pesava apenas 35 quilos. O museu Karen Blixen abriu as suas portas em 1991. Desde esse momento, inúmeros visitantes têm feito desta a sua casa. Um privilégio indiscutível.
 Karen Blixen afirmou uma vez: “A tarefa do ser humano na vida é dar uma resposta”. Blixen não deu uma, mas muitas respostas. Como pintora. Como escritora. Como contadora de estórias. Como criadora de sonhos. E como ser humano. Mágico, sublime, deslumbrante. Único. 

O seu primeiro livro, ”Sete Histórias Góticas”, é escrito em inglês e surge pela primeira vez nos Estados Unidos em 1934. A utilização do pseudónimo Isak Dinesen (Isak significa “aquele que ri” em hebraico) é para muitos críticos literários um refinado exemplo de ironia. Contudo, com Karen Blixen nem tudo o que parece é. O seu mundo excênctrico torna-se belo exactamente por isso. Como ela própria escreveu: “É através da tua máscara e não do teu rosto que te conhecerei”.































Depois que a fazenda de café no Quênia  faliu, o esposo voltou para a Dinamarca e ela permaneceu na África lutando pelo patrimônio durante mais 10 anos,  até que não foi possível continuar e ela voltou para a Dinamarca sem um tostão, tinha propriedades da família mas nem um tostão no bolso. Foi quando ela começou escrever contos da Dinamarca e sua biografia, transformada em filme .

















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